23 February 2015

Casa nova



Hi there!!

If you’ve just fond my blog and feel like wanting to read more, do check on the permanent website created earlier last year, it’s bilingual!


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Olá!

Se você acabou de descobrir o Gato e ficou com vontade de ler mais, não deixe de conferir a página permanente do blog, que migrou de lugar no inicio do ano passado! Clique no ícone com a bandeirinha do Brasil pra ler os textos em português.

http://gatodalice.com

10 June 2014

At Salako London

Hair: Jimo Salako | Top: Maje | Trousers: Stella McCartney | Flats: Lanvin



Clicada pelo maravilhoso Jimo Salako, Salako London.

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Photographed by the amazing Jimo Salako, Salako London.



9 June 2014

Rose





Quando eu era criança, filha única, menina, eu cresci num mundo cor de rosa. TUDO no meu quarto era rosa, minha mãe gostava assim. E eu posso contar uma dúzia de amigas que passaram pela mesma experiência. (Será que é algo dos anos 80?)

Prateleiras, estantes, guarda-roupa e bichos de pelúcia: tudo rosa. Quando fiz 12 anos eu resolvi pintar, por conta própria, tudo de azul, uma revolução! Não, mas na época foi. Só recentemente eu criei alguma tolerância ao rosa, mas em contextos e palette bem específicos. O rosa só funciona comigo se for pálido, em tom pastel tendendo ao nude, na verdade o nude é que me atrai demais. Mas eu andei pensando, besteira, pode ser, mas vale se perguntar quanto da minha intolerância ao rosa foi algo aprendido? Quanto do nosso habito de genderizar cores quando crianças influencia nossas escolhas quando crescidos? Parece pergunta boba, mas na verdade é bem complicadinha e leva a uma serie de outras perguntas...

Pensamentos? Algum ‘trauma’ cromático a compartilhar?



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When I was a kid, a single child, girl, I was raised in a pink world. EVERYTHING in my bedroom throughout my whole childhood was pink; my mom wanted it that way. And I can tell you about a dozen of my girlfriends who had the same experience.

From shelves to bed, to lockers and teddy bears: all in pink. Then I reached 12 and decided to paint everything in blue. What a revolution, right? No, well, at that time it was. Only recently I cured myself from this childhood silly palette trauma and started looking at pinkish things with slightly more tolerance. In fact, it all works for pink as a candy color, so pastels and slightly pale pink in a nuder palette. That’s my thing. But then I started wondering, how much of my intolerance for pink is a learned intolerance? How much of our gendering of colors as kids reflect on our adulthood choices in that area? It might sound pretty obvious but it’s actually a quite complex.


Any thoughts? Any palette traumas to share?

28 May 2014

At obviousmag!



Uma parceria bacana, saindo do forno. Hoje estreei o Stella, meu espaço-blog na revista Obviousmag, uma plataforma online que reúne material de inúmeros colaboradores em diversas áreas.

Meus posts vão se concentrar nas tags design, artes e ideias, mas falarei mais sobre moda como plasticidade. O conteúdo será um pouco diferente do Gato, serão textos um pouco mais conceituais, mas despretensiosos, assim como os do Gato. Não deixa de espiar!

Para acessar o Stella clique aqui ou no link abaixo. 


Enjoy the ride!




Image source: http://www.consueloblog.com/sorteio-o-essencial/

22 May 2014

O desapego


Mesmo não estando em Londres por esses dias, não consigo me desligar de alguns feeds e timelines da vida virtual e, talvez por acaso, talvez por querer mesmo, eu reparei num quase ‘movimento’ que tem pipocado cada dia com mais força entre muitas meninas-mulheres brasileiras: o desapego. Blogueiras em especial tem se mostrado bem entusiastas da ideia que, aqui no texto no que eu quero mostrar, se trata exclusivamente do desapego sartorial: vender e/ou doar roupas, acessórios, sapatos, etc., que estão paradinhos no armário ou que simplesmente não fazem mais sentido ter.

Não vou listar ninguém, porque não preciso, basta passearem pelo YouTube, Vimeo e alguns blogs que vocês vão reparar. Eu comecei a prestar atenção quando a blogueira Barbara Resende, que já passou por aqui numa das conversas do Gato, fez um post enorme falando sobre como ela tinha tomado a decisão de se desapegar e o que me deixou interessada foi as respostas de leitoras, a grande maioria se identificando com isso e passando pelo mesmo problema. ‘Que problema, Gabi?’, o problema do desapego.

Pra muita gente desapegar é doloroso, é difícil, implica em escolhas e a possível exclusão de lembranças que estão imprimidas em coisas, objetos que, muitas vezes, não fazem mais parte do que a gente é ou quer, mas que já fizeram e, por isso, a gente acha que não deveriam sair de perto da gente. Mas desapegar não é tão complicado assim. Eu nunca fui muito apegada ao meu armário, não tanto quanto era por meus livros, e só fui começar a acumular roupas quando já estava na faculdade. Eu saí do interior de São Paulo pra morar no Rio, onde fiz a graduação e o mestrado, e com isso passei a experimentar-ver mais coisas, a gostar de mais coisas, a querer mais coisas e, dai, acumular. Sempre que voltava pra casa da minha mãe, lá ia eu pro armário me livrar de coisas e minha mãe sempre preocupada ‘mas, Gabriela, você não tem muita coisa, pra que dar isso, pra que dar aquilo?’, já sabem que minha mãe é do tipo que não desapega! (Te amo, mãe.)

Mas abrir mão daqueles objetos não me afetava, pelo contrário, eu gostava daquilo e me dava prazer doar e saber que teria gente que ia gostar e usar e aproveitar e dar vida a todas elas. Quando vim pra Londres eu passei a vender minhas coisas numa conta que criei no Ebay logo que cheguei. Uma amiga muito queria me ensinou a usar o site e eu não parei mais. E vender se tornou parte do kit de ‘sobrevivência sartorial’ pra mim, porque o dinheiro das vendas me rendia algo novo, então era uma troca. Com isso consegui criar um meio de financiar a tal curadoria do meu armário – que tem acontecido desde o início do ano passado e sobre a qual eu adorarei dividir mais por aqui – já que eu queria peças que fossem atemporais e que tivessem uma assinatura única. Foram-se Zaras, Toshops, Mangos, H&Ms, COSs, Kiplings (sim, várias, a Kipling é incrivelmente barata aqui no UK!), entrou Fendi, Stella, Chloé, Lanvin... Tudo com planejamento, economia e desapego, muito desapego!!! Explico: ao invés de ter cinco calças sociais de uma fast fashion, eu as vendia e no final conseguia uma graninha pra uma Stella e por aí vai. Hoje eu divido o armário com meu namorado (!!), espaço deixou de ser um problema e eu parei, aos poucos, de ter aquela crise do 'não tenho nada pra vestir, mas tem 3456 roupas no meu armário'. A curadoria é um processo lento e que precisa ser planejado e está longe de ser finita, ela é um continuum. E que fique claro: eu não deixei de comprar em lojas estilo fast fashion, eu deixei de acumular, o que é diferente, e passei a investir em coisas que tem uma durabilidade e atemporalidade que, pra mim, são primordiais hoje.

Não, não, não estou me gabando, eu não vivo para o Ebay e muito menos do dinheiro do Ebay (e não estou ganhando nada pra falar dele aqui), mas ele se tornou um grande parceiro na hora de juntar uma graninha e me ensinou muito sobre como negociar. (Ok, o correio inglês facilita muito a nossa vida, já que é super eficiente e barato!) Estou dizendo tuuuudo isso só pra mostrar um outro lado do desapego, o lado da curadoria! O lado que te faz não só pensar, planejar bem antes de sair comprando (o que a gente ganha não tem como controlar mesmo), mas acima de tudo te ensina um tanto mais sobre si mesma, sobre o que você realmente quer, o que usa, o que gosta, o que deseja. A Jana Rosa, que tem lojinha no site brasileiro Enjoei, fala bastante sobre a dificuldade de desapegar, e também sobre como ela descobriu, através de um desafio que impôs a si mesma, que havia muita coisa parada no armário e que ela mal lembrava que tinha.

Essa sensação da coisa ‘parada no armário’ é o que me causa mais angústia e o que, desde bem novinha, lá no comecinho da faculdade, me fazia desapegar. Se doar não for uma opção, faça um trato consigo mesma e gerencie seus gostos, suas escolhas. Venda, faça um bazar com as amigas, eu já fiz aqui em Londres e foi bem bacana! Mas não deixe os medinhos bobos te segurarem e te fazerem desperdiçar energia, espaço e dinheiro em coisas que não fazem mais parte da sua vida. E me contem se já passaram por isso ou pretendem desapegar em breve!


Wear it all the time.





Yasmin Sewell sobre sua relação com bolsas e ‘peças-investimentos’.

 ‘Eu não sou o tipo de pessoa que compra um bolsa nova a cada estação. Não sou o tipo de garota que gosta de ‘it bags’. Sou do tipo de pessoa que, a cada ano, se apaixona por algo que quero ter pelo resto da minha vida e passar adiante pros meus filhos. [...] Quando eu compro algo assim, eu uso o tempo todo’.

Não poderia concordar mais. Essa é exatamente a minha relação com minhas bolsas e outros investimentos sartoriais. Qual a sua?

Confira a historia completa em http://www.thecoveteur.com/yasmin-sewell/


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Yasmin Sewell on her relationship with bags and investment pieces.

“I’m not the kind of person that buys a new bag every season. I’m not really an 'It Bag' kind of girl. I’m the kind of person who every few years will fall in love with something that I want to have for the rest of my life and hand down to my children. […] When I buy something like this, I wear it all the time.”

Couldn’t agree more. This is exactly my type of relationship with my investment pieces. How about you, how’s yours?





Image source: http://www.thecoveteur.com/wp-content/uploads/2013/01/Louis_Vuitton_Yasmin-001_1.jpg

Ten things to do when you're home by yourself: #4



#4
Organize sua coleção de cabides (!!) como se fosse a coisa mais importante do dia.

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#4

Organize your hanger collection (!!) like you mean it!